Enquanto o Morumbi Music Hall fatura milhões, o torcedor e o futebol do São Paulo são jogados para segundo plano

A diretoria do São Paulo Futebol Clube encontrou um bom jeito de lucrar com o seu estádio. E por incrível que pareça, nada envolvido com o seu time ou sua torcida.

Depois do ano de 2010, onde 6 shows foram realizados no Cícero Pompeu de Toledo, arrecadando algo em torno de 10 milhões de reais para os cofres do clube, 2011 promete irritar os torcedores do clube Tricolor.

Tudo começou em março. Naquele fatídico dia em que São Paulo e Corinthians tiveram que se enfrentar na Arena Barueri, pois no dia anterior a Banda Iron Maden havia se apresentado no Estádio do clube, muitos pensaram que seria só um exceção.

O Estádio que havia sido palco para Shakira no começo do ano, recentemente abrigou três exibições da Banda U2, que quebrou recordes mundiais de bilheteria.

O último show realizado foi nesta quarta-feira, dia 13 de abril. O próximo jogo do clube em seu estádio seria só dia 27 de abril, contra o Goiás, pela Copa do Brasil.

E adivinhe o que acontece com um estádio após três shows em menos de 5 dias? O gramado fica em um estado lamentável. Sem condições de uso.

Conversando com uma pessoa do clube, esta me condifenciou que, ao que tudo indica, São Paulo e Goiás, pelo jogo de volta das oitavas-de-final da Copa será em Barueri.

Se isso de fato acontecer, deixo aqui meu irônico parabéns a diretoria do São Paulo. Que pecou em 2009, colocando o projeto Morumbi-2014 na frente do futebol e, que agora, está repetindo o mesmo erro.

No ritmo de "Santos sempre Santos, dentro ou fora do Alçapão" Peixe vence e sobrevive com folga na Libertadores

O Santos entrou em campo pressionadíssimo nesta quinta-feira. E, por incrível que pareça, muito mais por parte da imprensa, do que por parte dos torcedores, que fizeram bem o seu papel e foram à Assunción, no Paraguay, apoiar o seu time.

O veículo que aumentou ainda mais o clima ruim do Peixe com o meia Paulo Henrique Ganso foi o Diário Lance!, que nesta terça-feira divulgou que o camisa 10 do Santos já havia aceitado a proposta do Corinthians de transferência após o término da Copa Libertadores.

Mal sabiam eles que a Libertadores para o Santos, provavelmente, irá durar muito mais do que o previsto. Isto porque um empate praticamente eliminava o Peixe, que teria que torcer para Colo-Colo e Cerro não fazerem um jogo de "compadres" na ultima rodada. Uma derrota Alvinegra então...

O único resultado que interessava para o time da Vila Belmiro era uma vitória. E, mesmo jogando fora do seu Caldeirão, o Peixe não tomou conhecimento do Cerro Porteño vencendo na casa do adversário.

Quem assistiu o jogo, saiu com a clara noção de que o time paraguaio não merecia estar na posição que estava, no "G-2" do Grupo 5. E o pior foi que Neymar e Elano não fizeram a menor falta para o Peixe.

Não nesta partida, assim como não fariam falta se não jogassem a próxima rodada, que será contra o fraco Deportivo Táchira no Pacaembu, quarta-feira que vem às 19h30.

O jogo começou mostrando que era noite do Peixe. Logo nos primeiros minutos, Danilo acertou uma bomba de fora da área e abriu para o time visitante.

Quando se esperava que o Cerro iria reagir, o que se viu foi o Santos criar a melhor oportunidade da etapa, quando Maikon Leite, que havia acabado de entrar, saiu na cara de Barreto e perdeu o segundo gol.

Na etapa final, o Peixe repetiu a fórmula da etapa inicial. Marcou um gol logo no inicio e matou qualquer chance de reação do rival. Livre para contra-atacar, o time alvinegro só não aumentou porque o seu novo técnico é de fato retranqueiro.

No fim, o Cerro diminuiu, mas já era muito tarde. Em um vacilo da zaga, o Cerro fez aos 48 o gol de honra, poucos segundos antes do árbitro da partida apitar o final do duelo.

Santos e São Paulo vencem, em partidas com muitas expulsões

A vida dos torcedores, tanto de São Paulo quanto de Santos, não foi nada fácil nesta última quarta-feira. Ambos os times ganharam jogando em casa, mas assistiram a arbitragem exagerar no número de expulsões.

Ao Peixe, a vitória serviu de sobrevida na Copa Libertadores. Agora o time da Vila terá dois jogos pela primeira fase, precisando vencer os dois para se classificar com folga.

Já o Tricolor Paulista garantiu vaga nas oitavas-de-final da Copa do Brasil, onde irá enfrentar o Goiás, carrasco são-paulino em 2003, última participação do time na competição nacional.

SÃO PAULO 2x0 SANTA CRUZ
O São Paulo entrou em campo precisando de vencer por dois gols de diferença para se classificar sem grandes dores de cabeça. E, com muito esforço, foi isso que aconteceu.

O Tricolor abriu o placar logo aos 9 minutos com o zagueiro Rodolpho, cabeceando após cruzamento na área adversária. Precisando de mais um gol, o São Paulo seguiu jogando, enquanto o time de Pernambuco apenas se preocupava em marcar.

No primeiro tempo veio a primeira expulsão em um pênalti em Dagoberto. Na cobrança, o camisa 01 do São Paulo pecou no excesso de confiança. Rogério Ceni bateu usando a cavadinha e o goleiro Tiago não teve dificuldades para espalmar a bola.

Para Ceni, esta era uma batida ensaiada no último treinamento do Tricolor. Para muitos rivais, falta de respeito ou até mesmo arrogância do goleiro, que nunca havia feito isso antes. No fim do jogo, a penalidade perdida acabou não fazendo falta.

Na etapa final, após pouco mais da metade dos 45 minutos, a pressão Tricolor fez efeito. Em uma boa jogada dos reservas William José e Ilsinho, o meia-ala-ponta saiu na cara do gol e fechou o placar.

Alguns minutos depois o lateral esquerdo do Santa Cruz seria expulso, por dar uma entrada no camisa 77 Tricolor. No fim do jogo, mais duas expulsões, dessa vez exageradas pela arbitragem que colocou Lucas e Everton Ribeiro ambos para fora.

Se alguém podia ser expulso, este era o volante do Santa, que no lance tentou acertar um tapa na cara do camisa 7 Tricolor. Em uma atitude desesperada, o árbitro expulsou os dois, mostrando que estava mais nervoso que os jogadores.

SANTOS 3x2 COLO-COLO
Após um susto no início da partida, quando o time do Chile acertou a trave de Rafael, o Santos dominou o jogo e abriu uma boa vantagem. Elano em cobrança de falta e Danilo após boa jogada com Zé Eduardo levaram o Peixe para o intervalo em boa vantagem.

Na segunda etapa, um lance feliz e triste para o Alvinegro movimentou o jogo. Neymar fez um golaço driblando toda a zaga do Colo-Colo. Até aí, tudo ótimo! Mas, na comemoração o jogador colocou uma máscara com sua foto e foi expulso ao receber o segundo amarelo.

Minutos depois, mais dois jogadores para a rua. Um de cada lado. Andrés Scotti pelo Colo-Colo e Zé Eduardo pelo Santos. Faltando ainda mais 40 minutos de bola rolando, os chilenos descontaram duas vezes, com Diego Rubi e Patrício Jerez, mas não suficiente para empatar a partida.

No fim do jogo, o Santos perderia outro jogador para o próximo duelo, contra o Cerro Porteño no Paraguai. Irritado, Elano jogou a toalha no técnico adversário e levou o cartão vermelho. Sem Neymar, Elano e Zé Eduardo, a vida não será nada fácil para o Peixe, que enfrentará um adversário duro em Assunción.