sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Timão dá vexame e é eliminado na Pré-Libertadores pelo Tolima-COL
"É torcedor, não deu para o Corinthians...". Abro este post (com um certo atraso) como o "inteligentíssimo" apresentador Tiago Leifert, do Globo Esporte, abre todos os programas quando um clube paulista é eliminado em uma competição disputada.
Jogando na Colômbia, sem poder reclamar de pressão adversária ou da temível altitude (no máximo do estado do gramado), o Corinthians apresentou um futebol de time pequeno e não conseguiu a vaga na fase de grupo da Copa Libertadores das Américas.
Fato inédito no Brasil. Desde que se disputa uma Pré-fase na competição, em 2005, nunca uma equipe brasileira havia ficado de fora.
Palmeiras (Taquary-PAR, Dep. Táchira-VEN e Real Potosí-BOL), Goiás (Dep. Cuenca-EQU), Santos (Blooming-BOL), Paraná (Cobreloa-CHI), Cruzeiro (Cerro Porteño-PAR e Real Potosí) e Grêmio (neste ano ao vencer o Liverpool-URU), foram as equipes que por nove vezes avançaram a segunda fase.
Não posso afirmar que o Deportes Tolima seja, de todos os adversário enfrentados pelos brasileiros, o time mais forte. Mas afirmo que o Corinthians foi de todos, aquele que mais teve soberba em relação à equipe que enfrentaria e também o que pior se preparou para esta fase.
O JOGO
O primeiro tempo foi todo do time colombiano. No semblante dos jogadores alvinegros percebia-se que eles estavam perdidos dentro do relvado. Nos primeiros 15 minutos o time do Tolima deu uma blitz, tendo suas melhores chances na etapa e, depois, o que se viu foi um jogo equilibrado, mas sem gols na etapa.
No segundo tempo o Corinthians acordou para a vida. Teve pelo menos quatro chances boas de marcar. Não que o goleiro tenha realizado alguma defesa milagrosa, mas o perigo foi todo no gol do paraguaio Antony Silva.
Após uma certa pressão, aos 21 minutos aconteceu o que nenhum corintiano acreditava que era possível. Sontoya recebeu a bola nas costas da zaga brasileira (Chicão dava condição, na chamada linha burra) e estufou a rede do goleiro Julio César.
O drama, que so acabaria com o apito do árbitro uruguaio no final do jogo, aumentou poucos minutos depois com a expulsão de Cachito Ramirez, que infantilmente deu uma cotovelada no adversário.
Para encerrar, o Timão ainda tomaria o segundo gol aos 33 minutos. Após ótimo lançamento, o camisa 10 Murillo recebia a bola na lateral, livre para cruzar na cabeça de Medina, que fechava o caixão do time paulista.
A frase do artilheiro Ronaldo Fenômeno, ao final do jogo, resume bem o sentimento de todo o time e, possivelmente, da apaixonada Fiel: "É, dificil de dizer. Eu ainda estou meio atordoado".
Agora, resta ao corintiano o Paulistinha e o Brasileirão. Ou seja, este blog deve ficar um tempo sem falar do Timão, uma vez que a fase que realmente vale (a pena escrever) do torneio regional é o mata-mata. Assim, apenas lá para abril é que o devido destaque será dado.
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