quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Corinthians empata na altitude, porém o resultado é o menos importante

O Corinthians empatou em 1 a 1 em partida válida pela primeira rodada da fase de grupos da Taça Libertadores, na noite desta quarta-feira, em Oruro, na Bolívia.

O resultado não condiz com o que foi o jogo. O Timão abriu o placar logo no início com Guerrero, teve diversas chances de aumentar o marcador, porém não foi competente.

Na segunda etapa, os bolivianos empataram da mesma forma que o clube paulista. Cruzamento na área e atacante live para marcar.

Entretanto, o que marcou a partida não foi o fato do campeão estrear na competição, em busca do bicampeonato, mas sim um fato isolado ocorrido ainda no primeiro tempo.

Ao comemorar o gol do time brasileiro, um torcedor que até momento não foi identificado, acendeu um sinalizador (marítimo) na direção da torcida adversária.

Esse torcedor, supõe-se que brasileiro, teve uma atitude típica de torcedores organizados em dias de clássico, quando rivais se enfrentam nas ruas, antes ou após as partidas.

Só que para infelicidade geral, o sinalizador acertou em cheio um torcedor do San José, no olho, levando o jovem de 14 anos a falecer ainda a caminho do hospital. O nome do jovem é Kevin Douglas Beltrán Espada, fanático torcedor do time local.

Durante o jogo, com a notícia da morte, os torcedores protestaram com vaias, xingamentos e até objetos lançados contra os reservas do Corinthians.

Doze torcedores corintianos estão detidos. Entre eles, creio que 6 ou 8 (não lembro o número certo) tiveram vestígios de fogos de artifícios encontrados no corpo, o que pode incriminá-los. Porém, todos os 12 negam que tenham participado do "atentado". O que me leva a pergunta: algum deles ia falar "Sim, fui eu, me prendam"?

Após o jogo o técnico do Corinthians, Tite, e o diretor Edu (ex-jogador), deram declarações, chorando e tentando se colocar no lugar da família da vítima. Tite chegou a dizer que trocaria a vida do jovem morto pelo título mundial de 2012. Nada que vá mudar o fato ocorrido.

O que conclui-se é, que a violência no futebol parece não ter limite. E que é preciso um choque de realidade para que os vândalos parem de agir como agem. Que seja exclusão do time ou de todos os times do país.

Se o Corinthians será punido de alguma forma? Acredito que é muito difícil. No máximo farão o time paulista pagar uma multa e olhe lá.

O que seria justo? Acredito que algo entre jogos com portões fechados (pesaria, e muito no bolso da diretoria), perda de pontos (3, 6, 9, sei lá) ou até exclusão do time, pagando pela atitude de um de seus "torcedores".

Enquanto isso, ficamos a espera do próximo caso de morte, seja no Brasil ou no exterior. Porque do jeito que as coisas andam, nada vai melhorar e as medidas serão sempre as mesmas, deixando impunes os responsáveis.

Nenhum comentário: