Nunca subestimarás uma equipe argentina. Esta foi a principal lição que o time e a torcida do Cruzeiro aprenderam na noite desta quarta-feira. Lição esta que é muito óbvia no futebol Sul-americano.
Durante a semana inteira, parecia que o título já estava ganho e que só restava ao Cruzeiro levantar a taça no Mineirão. As apostas eram de quanto seria a vitória.
Porém, jogando futebol e sem precisar da famosa catimba, os Pincharratas foram a Belo Horizonte e jogaram uma ótima partida. Após o empate na cidade de La Plata, quem ganhasse levaria o caneco.
No primeiro tempo,o duelo foi equilibrado. Poucas chances para cada lado. No segundo tempo, Henrique arriscou de fora da área, a bola desviou em Desábato e enganou o goleiro. A sorte parecia estar com os brasileiros.
Com o placar a seu favor, o que era de se esperar? Que o Cruzeiro aumentasse, ou pelo menos administrasse. Entretanto, o que se viu foi o Estudiantes jogando como se tivesse em casa.
Pouco tempo após o gol sofrido, Verón fez uma ótima enfiada de bola para Péres que cruzou para "La Gata" Fernandez empatar.
Perdido em campo, o Cruzeiro não soube segurar o ímpeto adversário e tomou a virada em uma jogada que a equipe mineira mais gosta de fazer gols: Tiro de canto. Verón colocou a bola na cabeça de Boselli, artilheiro da competição com 8 gols.
No fim, o Cruzeiro apertou, Thiago Ribeiro acertou o travessão adversário, mas pela 22ª vez na história os Argentinos coparam a Libertadores. Já o Estudiantes, agora é Tetracampeão após 39 anos sem um título da competição continental. Única equipe na América com 4 Copas - 68, 69, 70 e 2009.
A torcida mineira saiu queta do Magalhães Pinto, enquanto os argentinos - os pincharrtas especialmente, em cerca de 4 mil pessoas - fizeram o que mais sabem fazer: Carnaval no Brasil.
Assim como o Boca em 2000 contra o Palmeiras, ou o River Plate contra o Corinthians em 2003 e 2006, ou São Paulo em 1994 contra o Velez, ou também o Santos em 2003 contra o Boca e ainda o Grêmio contra os mesmos Xeneizes em 2007.
Parabéns aos Pinchas e um alento às equipes Brasileiras que não sabem o que é bater uma equipe estrangeira na final da Copa Libertadores desde 1999, com o Palmeiras de Luis Felipe Escolari.
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