quinta-feira, 28 de março de 2013

Título em má hora. Será que existe isso?

O Palmeiras teve um ano de 2012 muito contraditório. O time que saiu da fila de títulos importantes (a nível nacional/internacional) ao conquistar a Copa Kia do Brasil do ano, foi praticamente o mesmo que repetiu o indigesto rebaixamento para a Série B do Brasileiro.

Me lembro como se fosse hoje a euforia dos torcedores alviverdes, ali na altura do número 1800 da Rua Turiassú, no dia 5 de julho, quando o Palmeiras venceu o Coritiba por 2x0 o jogo de ida da final, realizado na Arena Barueri.

Os torcedores mostraram uma prévia do que aconteceria na semana seguinte, quando fecharam completamente a rua para comemorar o título, e até a polícia entrou em ação, com balas de borracha para esvaziar o local.

Porém, o fato importante que venho destacar aqui, é a respeito daquele resultado do dia 5 de julho, ou então outro, o do dia 16 de junho, quando o Palmeiras venceu o Grêmio por 2x0 no jogo de ida da semifinal, disputado no Olímpico, em Porto Alegre.

Em ambas as vitórias, que praticamente mataram os duelos, o Palmeiras viu o resultado cair do céu. Foram duas vitórias totalmente enganosas, que iludiram o torcedor.

Em Porto Alegre, Hernán Barcos achou dois gols nos minutos finais do embate. Em Barueri, o Coritiba teve todas as chances do mundo para fazer 2x0 ou até 3, ainda no primeiro tempo. Não o fez, e no segundo tempo o Palmeiras encontrou dois gols, como ocorrera no RS.

Coincidência do destino, nas duas decisões (a da semifinal e a da final), o Palmeiras saiu vencedor com empates por 1x1. Foi tudo milimetricamente traçado pelos Deuses do futebol para que o Verdão fosse campeão.

Qual o mal disso? A ressaca. Ressaca essa que, indiretamente, dura até hoje. 9 meses depois, o Palmeiras segue no buraco da última década. Assim, repito a pergunta da postagem: Existe momento errado para ser campeão?

O Palmeiras mostrou que sim. O título veio, mas não ajudou em nada o clube. O torcedor que comemorou efusivamente aquela conquista, hoje lamenta ter que disputar a Série B em 2013. Lamenta ainda mais o resultado desta quarta-feira, dia 27.3, pelo Campeonato Paulista.

Algo que não acontecia desde 2011 se repetiu. Uma goleada daquelas para deixar qualquer torcedor envergonhado. O Palmeiras foi a Mirassol, enfrentar o time da casa, e logo no primeiro tempo o placar apontava 6x2 para o time mandante. Por "sorte" (será que existe isso?) o jogou terminou assim, apenas 6x2. Infelizmente parece ser normal esses resultados vexatórios ocorrerem.

É preocupante a situação da Sociedade Esportiva Palmeiras, que irá completar 100 anos em 2014. Em uma análise que também já fiz antes, o ótimo jornalista Antero Grecco concluiu ontem, no Sports Center, da ESPN, que o Palmeiras, com exceção da Era Parmalat, parou na década de 1970.

De lá para cá (1977 até 2013), tirando os anos dourados da parceria com a empresa de laticínios, foram apenas um Paulista em 2008 e uma Copa do Brasil em 2012 conquistados pelo time. Muito pouco para o time de tamanha grandeza.

A situação é preocupante pelos lados da Pompéia. Sinceramente, não sei se o torcedor alviverde terá o prazer de ver seu time completar 100 anos conquistando títulos de expressão, ou ao menos disputando a divisão de elite do futebol brasileiro. Será pessimismo de minha parte? Com o atual elenco, acredito que não.
Wesley, que veio por um preço caríssimo, como esperança de fortalecer o elenco


quinta-feira, 21 de março de 2013

Futebol Paulistano pelos estádios de SP - Anacleto Campanella

Após ir em um curto espaço de tempo (exato um mês) a dois estádios que nunca havia ido antes, o Anacleto Campanella, em São Caetano, e o Primeiro de Maio, em São Bernardo do Campo, resolvi iniciar aqui uma sessão sobre as experiências nos estádios do estado de São Paulo, aos quais não tenho o costume de ir.

Desde pequeno frequentei (muito) o antigo Palestra Itália com meu pai, entre 1996 e 2000. A partir de 2004 comecei a ser frequentador assíduo do Morumbi, enquanto o Pacaembu é um estádio que costumo ir, mas poucas vezes por ano.

Outro estádio da capital que já conheci, o Conde Rodolfo Crespi, tive a chance de ir apenas uma vez, no ano de 2009. Creio que escreverei sobre essa experiência, porém mais para frente, aproveitando que é mais recente as idas ao ABC, então optei por escrever primeiro sobre esses dois estádios.

Pelo interior do Estado Bandeirante, só tive oportunidade (algumas) de ir nos dois estádios de Campinas, o Brinco de Ouro da Princesa (Guarani) e o Moisés Lucarelli (Ponte Preta), e uma vez no Urbano Caldeira, a Vila Belmiro.

Nos dois estádios de Campinas, sempre ia com meu primo, local da cidade, que também gosta muito de futebol. Na Vila, fui uma vez com meu pai, há anos atrás. Sinceramente, terei que pesquisar bem para relembrar a partida.

Estádio Anacleto Campanella

Visão da curva do Setor Cadeira Coberta
Estádio Municipal usado pela Associação Desportiva São Caetano, o Azulão, o Anacleto Campanella tem capacidade para 10.000 pessoas. Sinceramente, ao adentrar no local, parece muito menos.

São três setores (não contínuos): a arquibancada do mandante, a arquibancada visitante e o setor de cadeiras, que também abriga os membros da imprensa. A arquibancada do visitante é maior que a do mandante, enquanto o setor de cadeiras se torna local misto em dia de jogos contra os grandes.

Posso estar cometendo algum equivoco em relação as arquibancadas (mandante e visitante), pois no dia em que fui ao estádio, 20 de fevereiro (mês passado), o confronto era entre São Caetano x São Paulo. Ou seja, é possível que, para ter um público maior, o mandante tenha invertido os setores das torcidas.

O local destinado para a imprensa é muito menor do que é necessário para jogos de grande audiência. Pude perceber isso facilmente ao entrar no estádio, quando notei colegas da imprensa entre o público da cadeira coberta.

Ao refletir sobre isso, fico imaginando como eram os jogos no começo dos anos 2000, quando o Azulão surgiu. O São Caetano "nasceu" para o futebol brasileiro como um meteoro. Chegando a final do Brasileirão daquele ano, a Taça João Havelange, sem nunca ter disputado a Série A do Nacional.

O time do ABC disputaria ainda uma final de Copa Libertadores, no ano de 2002, com apenas 13 anos de fundação. Fato esse que o Corinthians, uns dos maiores do Brasil, demorou mais de 100 (na realidade cerca de 50, pois a competição só começou a ser disputada em 1960) anos para conseguir.

Antes de falar sobre o jogo, destaco a falta de informação para entrar no local. Cheguei em cima da hora, por volta das 19h20 (o jogo começava as 19h30). Porém só fui descobrir que a entrada de imprensa era junto da entrada do torcedor comum, lá pelas 19h45, quando a bola já estava rolando há um bom tempo.

São Caetano 2 a 4 São Paulo
Já sobre o jogo, assisti todo na cadeira coberta, bem na curva que separa o local com a arquibancada mandante (lembrando que posso estar errado). Ao entrar no local, Osvaldo cruzou para Luis Fabiano marcar. 1 a 0 para o time da capital.

Não sei como era a visão nas arquibancadas ou no meio da coberta (imagino que melhores), mas aonde fiquei, não era muito privilegiada. Por não ser um local alto, é difícil ter uma noção geral do campo. Se enxerga bem apenas o lado que está mais próximo.

Bom, voltando a tratar da partida, após abrir o placar e, aparentemente dominar o confronto, o São Paulo teve um apagão de exatos dois minutos, que culminou na virada. Aos 24 Danielzinho empatou e aos 26 minutos Jobson (o cheiro do gol) virou.

A partida caminhava para o intervalo com vitória parcial do mandante, mas aos 45 minutos Maikon Feijoada acertou um chute de fora da área, que desviou na zaga e enganou o goleiro.

No segundo tempo, o São Paulo mostrou porque era líder e o São Caetano o porquê de estar na zona do rebaixamento. Com outro gol de Luis Fabiano e um de Aloísio, o Tricolor deu números finais a partida.

Transporte Público para o Anacleto
Finalizando meus comentários sobre o estádio, deixo aqui registrado como foi ir e voltar do jogo de transporte público, pois pode servir de dica para quem pretende ir um dia. Na ida optei por descer na Estação de Trem Utinga, de Santo André, pois era mais próximo.

Seria uma grande caminhada de uns 30 minutos, por um bairro que não é muito recomendável andar a pé de noite. Só não sei ao certo se realmente seriam 30 minutos, porque dei sorte de pegar carona com um pessoal que estava na porta da estação, esperando um atrasado chegar.

Na volta, após conversar com pessoas locais, optei por ir pela Estação São Caetano, que fica a 4,2 km do estádio. Alguns me aconselharam a ir de onibus, pois a caminhada era longa. Na hora H, optei por um taxi, que deu apenas 15 reais, e nem 10 minutos.

Acredito que a experiência foi válida, mas não faço muita questão de voltar ao estádio. Gostei de conhecer, assim como qualquer estádio que já fui na vida, mas não senti nada de especial por lá.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Santos em 2013: um time de apenas 5 artilheiros

Ao fazer minha atualização semanal dos resultados dos quatro grandes de São Paulo na manhã dessa segunda-feira, me deparei com algo interessante que já havia me chamado a atenção antes: o Santos de 2013 é um time de poucos artilheiros, que dependem de cinco jogadores em específico.

Diferentemente de São Paulo, Corinthians e Palmeiras, que por coincidência ou não, disputam duas competição no momento (Paulista e Libertadores), o Santos, com menos jogos no ano, está disputando apenas o estadual e até o momento chama atenção pelo fato de poucos jogadores terem marcados pelo time da Vila.

Aliás, até fim de semana passado, quando o Santos foi a Sorocaba enfrentar o Atlético (vitória por 2x1), apenas 4 jogadores tinham tentos anotados: Neymar, André, Cícero e Miralles. Naquele domingo, Montillo fez o seu primeiro gol com a camisa alvinegra, voltando a repetir o feito no último sábado, diante do Guarani, na Vila.

No Corinthians, 14 jogadores diferentes já fizeram gols, que no total da atual temporada soma 27. No Tricolor Paulista, 13 goleadores em 35 gols feitos. E no Verdão 11 marcadores em 23 gols anotados.

Já no Santos, dos 22 tentos marcados em 12 partidas no ano, seis deles foram feitos por Neymar, cinco pelos atacantes Miralles e André, quatro por Cícero e dois por Montillo.

Assim, em termos de porcentagem, Neymar tem na sua conta 27,27% dos gols do Peixe, os dois atacantes 22,72%, Cícero 18,18% e Montillo com 9,09%, jogador que aos poucos vem encontrando seu caminho no time de Muricy Ramalho.

Considerando que lesões e suspensões são comuns no futebol, somando ainda a convocações para Seleção Brasileira e Argentina, o time do Peixe pode preocupar seus torcedores nas próxima duas rodadas, já que Neymar e Montillo estão convocados pelos seus países e serão desfalques certos nas duas próximas rodadas.

Goleadores dos 4 grandes em 2013
São Paulo: 35 gols. 22 no Paulista (11 jogos) e 13 na Libertadores (6 jogos)
8 gols: Luis Fabiano - 22,85%;
7 gols: Jadson - 20%;
5 gols: Osvaldo - 14,25%;
4 gols: Aloísio - 11,42%;
2 gols: Ganso e Rogério - 5,71% (cada);
1 gol: Tolói, Edson Silva, Rodolpho, Ademilson, Cañete e Maikon - 2,85% (cada);
1 gol contra - 2,85%.

Corinthians: 27 gols. 21 no Paulista (12 jogos) e 6 na Libertadores (4 jogos)
7 gols: Guerrero - 25,92%;
4 gols: Pato - 14,81%;
3 gols: Paulinho - 11,11%;
2 gols: Jorge Henrique e Romarinho - 7,4% (cada);
1 gol: Douglas, Felipe, Edenilson, Guilherme, Emerson, Danilo, Fabio Santos, Renato Augusto e Giovanni - 3,7% (cada).

Palmeiras: 23 gols. 21 no Paulista (12 jogos) e 2 na Libertadores (3 jogos)
4 gols: Henrique - 17,40%
3 gols: Barcos e Márcio Araújo - 13,04% (cada);
2 gols: Patrick Vieira, Luan, Vilson e Leandro - 8,70% (cada);
1 gol: Vinicius, Ayrton, Souza e Valdivia - 4,34% (cada);
1 gol conta - 4,34%

Santos: 22 gols. Todos pelo Paulista, em 12 jogos.
6 gols: Neymar - 27,27%
5 gols: Miralles e André - 22,72%
4 gols: Cícero - 18,18%
2 gols: Montillo - 9,09%



sexta-feira, 15 de março de 2013

São Paulo perde em Avellaneda e fraquezas do time ficam expostas

Para começar a analisar o jogo de ontem, vitória do Arsenal por 2 a 1 sobre o São Paulo em Sarandí, Avellaneda (Argentina), vou lá atrás no mês de janeiro.

Quando o São Paulo jogou em La Paz, pela partida de volta da 1ª fase da Taça Libertadores, tentaram argumentar que é normal um time perder na altitude. Concordo. É normal, por todas as dificuldades lá encontradas.

Mas o que me chamou a atenção naquele dia, quando o São Paulo foi derrotado por 4 a 3 pelo Bolívar, foi a forma como o resultado aconteceu. Uma virada. Quer dizer, virada não, uma virada história e vexatória.

Aí quem não acompanha pode perguntar. Ah, tomar viradas é algo comum no futebol. Ok, concordo. Mas como ocorreu, não. Um time que abre três gols de vantagem, ainda no primeiro tempo de jogo, não pode levar quatro gols em cerca de 50 minutos.

Naquele dia, classifiquei a derrota como "falta de atitude na altitude". Os gols marcados pelo Bolívar mostraram erros infantis no São Paulo. Coisas de colégio. Primário mesmo. Porém, como era o segundo jogo do ano, preferiu-se ocultar o problema, dando desculpas toscas.

Pois bem, nesta quinta-feira, 14 de março, o São Paulo mais uma vez fez tudo errado. E, quando digo São Paulo num todo, podemos dizer que é o comandante quem faz as escolhas, certo? Então, melhor dizendo, o técnico Ney Franco fez tudo errado.

Minha primeira crítica ao treinador é escalar um jogador que não tem a menor condição de jogar no São Paulo Futebol Clube e em nenhuma das outras 10 grandes equipes do Brasil (SCCP, SEP, SFC, CRF, CRVG, FFC, CAM, CEC, GFPA e SCI).

Este a quem me refiro é Douglas. Como lateral, ele é bem fraco, pois não sabe marcar e nem apoiar. Como ala direita, tão pouco. E, como ponta direita, nem se fala. É péssimo. Um dos piores do São Paulo nos últimos anos.

Passado isso, analiso a ideia de jogar no 3-5-2, que o próprio treinador não gosta. Analisadas as circunstâncias, onde um empate seria um resultado interessante, não vejo objeção. O São Paulo foi campeão da Libertadores e do Mundo em 2005 com esse sistema.

Ao ver a escalação, mesmo mantendo o ineficiente Douglas em campo, achei que era uma boa ideia. Porém, ficando a ressalva que em todos os jogos com a equipe titular no ano de 2013, em nenhum momento ele teve essa ideia. Assim, os jogadores dificilmente se adaptariam com naturalidade.

Passados 15 minutos de jogo onde a zaga estava perdidíssima, o São Paulo melhorou e equilibrou a partida. No segundo tempo, o time de Ney Franco cresceu no comecinho, ainda nesse esquema 3-5-2. O São Paulo era mais perigoso no ataque do que na primeira etapa, e a defesa estava equilibrada.

Porém, tudo foi por aguá abaixo quando o técnico resolveu mexer no time próximo dos dez minutos da etapa final. Por incrível que pareça, ele tirou o protegido Douglas. Para alegria geral da nação. Porém, o que me irrita é o motivo. Não foi sacado por qualidade (?) técnica, mas sim porque tinha um cartão amarelo.

Até aí, tudo bem. Era o que todo torcedor queria naquele momento. Mas, tirar o questionável Lucio (não está em boa fase) para colocar Ganso foi um tiro no pé.

O São Paulo ficou totalmente aberto. Exposição total da defesa, que sofre gol em quase todos os jogos. O ataque que já estava começando a criar bem, continuou a ter força com a entrada de Ganso e Maikon. Melhora no passe e na saída de bola.

Mas o problema é que, em um time que tem Cortez, Maikon, Ganso, Jadson, Osvaldo e Aloísio, todos ofensivos, quem vai marcar? Era meio óbvio que nesse esquema kamikaze, iria "dar merda, zero dois".

E deu. O São Paulo levou o primeiro gol em uma jogada de bola parada lançada do meio de campo. Não culpo quem fez a falta, porque não lembro quem foi. Mas no bate rebate, primeiro Edson Silva afastou mal, a bola rebateu mais outras vezes até Ortiz marcar, aos 21 minutos.

Seis minutos depois, o São Paulo deu o troco com Aloísio, que ao lado de Osvaldo formavam uma dupla muito perigosa. Alívio, alegria e a volta da esperança de vencer.

Aos 38, outra vez o Tricolor repetiu a fórmula. Bola para Osvaldo pela esquerda, e Aloísio na cara do gol. Dessa vez, quando poderia virar o placar, o Boi Bandido foi mal, não teve tesão pelo gol. Não digo que faltou vontade, mas que faltou acreditar.

Três minutos depois, o que Rogério já havia evitado diversas vezes no jogo, foi inevitável. Um gol de fora da área, após outro bate-rebate na defesa de pebolim são-paulina. Maikon afastou mal, Tolói também e gol de Braghieri, afundando o São Paulo e deixando o time argentino vivo.

Agora, o grupo 3 fica muito embolado na disputa pela segunda vaga. Já classificado com 12, o Atlético-MG pode ajudar ou atrapalhar Arsenal e São Paulo, pois enfrenta o primeiro em casa e o segundo fora. Ambos tem 4 pontos.

Já o Strongest, com 3 pontos, recebe o São Paulo em casa, no começo de abril. O estádio estará lotado, a altitude será a mesma encontrada em janeiro, porém resta a esperança ao torcedor tricolor de que a atitude nessa partida, seja diferente de tudo que foi visto até o momento. Até lá, só resta rezar e esperar.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Uma Taça Libertadores insólita

A Taça Libertadores de 2013 vem se mostrando até o momento um torneio um tanto quanto incomum. Algo extraordinário vem ocorrendo na competição mais importante do continente Sul Americano.

Deixando de lado os acontecimentos extra-campo, que também estão em destaque na mídia do continente, o que chama atenção dentro das quatro linhas é o excesso de vitória de clubes visitantes.

Até o momento, foram disputadas ao todo 58 jogos na fase de grupo (2ª fase) da Taça. E, acredite se quiser, o número de vitórias dos visitantes é muito próxima ao dos mandantes. São 26 vitórias dos mandantes, 21 dos visitantes e 11 empates.

Assim, os mandantes ganharam 44,82% dos jogos, os visitantes triunfaram 36,20% e os empates foram 18,96%. Uma diferença muito pequena, mostrando que visitar pode ser um bom negócio.

Em um certo momento do campeonato, os visitantes haviam superado os mandantes. Foi no dia 27 de fevereiro, quando em 33 partidas disputadas, os visitantes haviam ganhado 15 jogos, os visitantes 14 e apenas quatro empates.

Porém, no dia seguinte, 28.2, em todas as três partidas do dia, os mandantes venceram - Libertad, São Paulo e Sporting Cristal - acabando com esperança dos visitantes naquela data.

De todos os oito grupos da competição, o Grupo 8 é aquele em que os visitantes mais triunfaram. Nas primeiras cinco partidas do grupo, cinco vitórias dos visitantes. Mas, de lá para cá, mais três jogos aconteceram e nenhum vistante venceu, duas vitórias dos mandante e um empate.

No Grupo 1, do sempre perigoso Boca Juniors, outro fato curioso: nenhum mandante venceu em 7 jogos realizados. Foram três empates e quatro vitórias de visitantes. E, o terceiro grupo em que ser visitante não é bom negócio é o 6, onde apenas um mandante foi vencedor.

Tabela de acordo com os grupos
Grupo 1
7 partidas realizadas até o momento:
3 empates e 4 vitórias dos visitantes.

Grupo 2
7 partidas realizadas até o momento:
4 vitórias dos mandantes, 2 empates e 1 vitória do visitante.

Grupo 3
7 partidas realizadas até o momento:
4 vitórias dos mandantes, 1 empate e 2 vitórias dos visitantes.

Grupo 4
8 partidas realizadas até o momento:
6 vitórias dos mandantes e 2 vitórias dos visitantes.

Grupo 5
7 partidas realizadas até o momento:
5 vitórias dos mandantes, 1 empate e 1 vitória do visitante.

Grupo 6
6 partidas realizadas até o momento:
1 vitória do mandante, 2 empates e 3 vitórias dos visitantes.

Grupo 7
8 partidas realizadas até o momento:
4 vitórias dos mandantes, 1 empate e 3 vitórias dos visitantes.

Grupo 8
8 partidas realizadas até o momento:
2 vitórias dos mandantes, 1 empate e 5 vitórias dos visitantes.

Corinthians atropela o líder Tijuana em jogo muito movimentado no Pacaembu

Após sofrer com o gramado artificial e com o excesso de faltas do Tijuana na partida da última quarta-feira, no México, o Corinthians mostrou na noite de ontem que o time dos Xolos ainda tem muito o que aprender em duelos contra um adversário superior.

O Timão não teve dificuldades para bater o Tijuana por 3 a 0, tendo ainda um quarto gol mal anulado pela arbitragem no fim da partida.

De novo, a dupla Pato e Guerrero marcou em casa, abrindo a vantagem já no primeiro tempo. Na segunda etapa, Paulinho deu números finais ao jogo, marcando de forma oportunista o 3 a 0.

O Corinthians segue com o mesmo padrão de jogo que vem apresentando desde a edição de 2012 da Taça Libertadores. Um time muito compacto, que ataca com muito perigo e defende com bastante precisão.

Fora de casa não costuma perder, e dentro de casa é raro não triunfar. Ou seja, a fórmula ideal para ser campeão em um torneio decidido em fase de mata-mata.

Já o Tijuana, que tentou sair bastante para o jogo, dando algumas vezes o contra-ataque ao rival brasileiro, percebeu que quando o gramado é natural e o adversário é forte, aí o buraco é mais embaixo.

Os Xolos entraram em campo e encararam o Corinthians como um adversário possível de ser batido, tentando o toque de bola no ataque e jogando com o time adiantado. Erro crasso, de quem não sabe jogar defensivamente.

Com a vitória, o Corinthians manteve a perseguição pela primeira colocação, agora apenas dois pontos atrás do Tijuana. 9 pontos para o time mexicano e 7 para o brasileiro. Como ambos jogam fora de casa na próxima rodada, é possível que invertam as posições.

Na noite desta quinta-feira, San José e Millonarios se enfrentam em Oruro, na Bolívia. Um empate polariza a disputa do Grupo 5 entre Corinthians e Tijuana. Já uma vitória do Millonarios (algo bem provável) deixa o grupo bem embolado.

Na próxima rodada, o Tijuana pode garantir classificação, ao enfrentar o San José, na Bolívia. Já o Corinthians enfrentará o time de Bogotá na semi-altitude colombiana, onde um empate não seria mal resultado.

terça-feira, 12 de março de 2013

O futuro do São Paulo na Taça Libertadores

Desde o início de 2013 voltei a escrever com mais frequência aqui no Blog Futebol Paulistano. Porém, no início da semana me dei conta de que não havia feito meu post comentando o resultado de São Paulo 1x1 Arsenal Sarandí, em partida válida pela 3ª rodada do Grupo 3 da competição mais importante da América do Sul.

Assim, aproveito o espaço para escrever sobre o duelo da última quinta-feira e também para tentar traçar as possibilidades da equipe do Morumbi, que pode até se classificar empatando todos os 3 jogos que restam, desde que haja uma ótima combinação de resultados a seu favor.

O JOGO
O Arsenal da Argentina repetiu a mesma fórmula do The Strongest, jogando na defesa e explorando contra-ataques e erros do time paulista. Apesar de ser uma equipe um pouco inferior ao Strongest tecnicamente, o Arsenal teve mais sorte que o time da Bolívia.

Enquanto o Strongest enfrentou o São Paulo em um péssimo dia, mas acabou sofrendo a derrota por 2x1, o time de Sarandí enfrentou o Tricolor na melhor apresentação da equipe até o momento, mas soube aproveitar o nervosismo dos donos da casa para levar um ponto para Argentina.

No primeiro tempo, enquanto o São Paulo teve diversas oportunidade, o Arsenal só teve uma chance já no finzinho da partida. Em seguida, quando o jogo caminhava para o intervalo sem gols, Jadson aproveitou ótima assistência de Aloísio para abrir o placar.

Na volta da etapa final, 5 minutos de apagão tricolor foram suficientes para o empate. O árbitro, com muita vontade e determinação, deu um pênalti altamente duvidoso de Cortez, quando no cruzamento a bola explodiu em sua mão. Na cobrança, Rogério ficou no centro do gol, e o atacante argentino não teve problema para empatar.

Nos 40 minutos restantes, o São Paulo teve mais a posse de bola, finalizações perigosas, boa movimentação do ataque, mas a ansiedade foi o pior inimigo. Placar justo ou injusto, fato que o time do Morumbi tem pela frente uma tabela complicada e terá que jogar muito mais para não cair precocemente na competição.

GRUPO 3
Ao término do primeiro "turno", no Grupo 3 a briga pela segunda vaga está embolada. Com 9 pontos, o Atlético-MG terá 3 jogos para fazer ao menos 3 pontos, ou seja, nada difícil. Basta ganhar do Arsenal em casa, que o time de Cuca se classifica.

Já São Paulo (4 pontos), The Strongest (3 pontos) e Arsenal Sarandí (1 ponto) disputarão ponto a ponto a última vaga. Ao Tricolor, a dura missão de enfrentar os dois adversários fora de casa, e o líder no Morumbi. Ou seja, nenhum dos jogos podemos cravar vitória, bem como dizer que não ganhará nenhum dos duelos restantes.

A questão ficará por conta do aproveitamento do Atlético-MG, que será o maior aliado Tricolor, se não perder os dois jogos seguintes, contra Strongest (na Bolívia) e Arsenal (em Minas Gerais), mas que ao mesmo tempo pode se tornar um vilão, se dificultar a vida tricolor no Morumbi, dia 17 de abril.

Entre amanhã (quarta-feira, 13.3) e quinta-feira (14.3), a situação poderá estar bem encaminhada para o time de Ney Franco, caso São Paulo e Atlético-MG vençam, ou bem ruim, caso não vença na Argentina e o Galo não tenha um bom jogo em La Paz.

Assim, não é possível dar nenhum prognóstico. Qualquer palpite nesse momento, seria mero chute em relação ao andamento do Grupo 3, que promete fortes emoções até o fim da primeira fase.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Em campo, Palmeiras e Corinthians são derrotados. Fora dos gramados, muita polêmica nessa quinta-feira

Na noite desta quarta-feira, Palmeiras e Corinthians entraram em campo pela 3ª rodada da fase de grupos da Taça Libertadores 2013. Ambos foram derrotados, jogando fora de casa, contra equipes tecnicamente inferiores.

SEP - DENTRO DO GRAMADO
O Verdão abriu a noite das equipes brasileiras, enfrentando o Tigre em Victória, na Argentina. Apesar de não ter um time forte no papel, o Palmeiras tecnicamente era muito superior ao adversário.

Porém, o que ficou muito nítido em todos os 90 minutos de jogo, é que a equipe de Gilson Kleina foi para o duelo atrás do empate. Sim, jogou para empatar. Isso foi muito claro.

Nos momentos que era para crescer na partida, o Verdão se retraia. O torcedor palmeirense se acostumou com o Alviverde dos anos 1990, que era implacável. O time dos últimos 10 anos se resume a isso, falta de coragem para vencer.

O preço a pagar saiu mais caro do que se imaginava. Faltando poucos minutos para o término do jogo, o recém contratado Kléber tentou o impensável. Saiu na cara do gol, driblou o zagueiro e, ao invés de chutar, tentou riscar de novo o mesmo marcador.

Aos 49 minutos da etapa final, não mais nem menos, o Tigre fez o gol da vitória. Derrota que não estava nos planos de ninguém, nem do próprio time da casa.

SEP - FORA DE CAMPO
Fora dos gramados, a torcida do Palmeiras agiu como é de seu costume. Foi ao aeroporto de Buenos Aires, o Aeroparque, para agredir os jogadores. Na verdade, o foco era um: Valdivia.

Como num ato de mágica, o chileno desapareceu, fugindo para  banheiro. Sobrou para Fernando Prass, com um corte na cabeça, e para Henrique e Bruno, que tentaram dialogar com os marginais.

No fim das contas, o episódio em nada ajuda o Palmeiras, que tem vida difícil na competição, e que no próximo domingo enfrenta o São Paulo, no Morumbi, pelo Paulista.

SCCP - DENTRO DE CAMPO
O Corinthians descobriu que não é só a altitude que preocupa os brasileiros em partidas pela America do Sul a fora. No México, mais precisamente em Tijuana, divisa com os EUA, o fator que se sobressai é o gramado artificial.

Apesar de uma equipe bem montada, que ataca bem e defende melhor ainda, o Tijuana tem como principal aliado o gramado, pouco visto em estádios brasileiros.

Assim, neste contexto, caiu a invencibilidade de 16 jogos do time de Tite na Taça. 14 jogos em 2012 e 2 jogos em 2013. A vitória dos donos da casa, que agora somam 3 vitórias em 3 jogos, saiu em um lance irregular. Bola parada, jogador A a frente do jogador B, fato ignorado pela arbitragem.

Não existe derrota boa, mas acredito que este peso da invencibilidade poderia atrapalhar daqui pra frente, ou seja, o Timão jogará os próximos jogos sem se preocupar com recordes pouco importantes.

SCCP - FORA DE CAMPO
A Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano, julgou o Corinthians em relação a morte do jovem boliviano Kevin Espada. E, como se noticiava, a pena foi diminuída.

Agora, o Timão apenas não poderá ter torcida nos jogos fora de casa (por 18 meses) e terá que pagar 200 mil dólares de multa.

Um preço muito barato perto de uma vida. O Corinthians não tinha culpa da atitude do seu torcedor, isso é um fato. Mas uma punição era necessária nesse momento. Doesse quem tivesse que doer.

Assim, a Confederação Sul Americana volta a ser o que era antes. Uma entidade varzeana, sem muitos princípios e organização. Continuarão morrendo torcedores, brigas também ocorrerão, e a segurança nos estádios será um problema eterno.


terça-feira, 5 de março de 2013

O preço (caro) do ingresso no futebol brasileiro

Após uma semana de jogos importantes com públicos pequenos perto da grandeza desses confrontos, realizados entre algumas das principais equipes do Brasil, resolvi fazer um análise do porquê disso ocorrer.

Antes de argumentar sobre o tema, coloco aqui em destaque os jogos que levo como base para fazer a análise. São sete, cinco em São Paulo e dois no Rio de Janeiro:

23.1) São Paulo 5x0 Bolívar - Morumbi - 1ª Fase da Libertadores
Público: 41.838 pagantes / Renda: R$ 1.383.036,00
14.2) Palmeiras 2x0 S.Cristal - Pacaembu - Fase de Grupos Libertadores
Público: 17.744 pagantes / Renda: R$ 680.550,47
24.2) Palmeiras 1x0 Barbarense - Pacaembu - 1ª Fase do Paulista
Público: 19.128 pagantes / Renda: R$ 476.310,00
28.2) São Paulo 2x1 Strongest - Morumbi - Fase de Grupos Libertadores
Público: 31.273 pagantes / Renda: R$ 918.305,00
02.3) Vasco 3x2 Fluminense - Engenhão -  Mata-mata 1ª Fase Carioca
Público: 15.960 pagantes / Renda: R$ 449.910,00
03.3) Flamengo 0x2 Botafogo - Engenhão - Mata-mata 1ª Fase Carioca
Público: 17.554 pagantes / Renda: R$ 831.380,00
03.3) Santos 0x0 Corinthians - Morumbi - 1ª Fase do Paulista
Público: 17.155 pagantes / Renda: R$ 514.874,00

Como se pode ver, a questão está muito mais relacionada ao preço do ingresso e a importância da partida, do que o adversário em questão.

Assim, no meu raciocínio lógico, coloquei os jogos recentes que chamaram atenção pelo baixo público, duas semifinais no Rio de Janeiro (clássicos estaduais) e um clássico paulista neste último fim de semana, e também dois jogos de Palmeiras e dois jogos do São Paulo, para fazer um comparativo.

CASO SÃO PAULO
No seu primeiro jogo importante do ano, onde valia a classificação para a fase de Grupos da Libertadores, o torcedor são-paulino "lotou" as arquibancadas do Morumbi. Mais de 41 mil pagantes, renda de mais de 1 milhão de reais. Média do ingresso de R$ 33,05.

Já na primeira partida em casa como mandante na fase de grupos, apenas 31 mil torcedores (se comparado ao jogo anterior) e uma renda de quase 1 milhão. 29,36 reais foi a média do ingresso. Em ambos os jogos, os preços foram os mesmos, porém no segundo o ingresso médico caiu em quase 4 reais. Isso se explica pelo setor popular, a 10 reais (arquibancada amarela).

Em ambos jogos esse setor esteve praticamente cheio. Ou seja, a faixa dos 10 mil torcedores que tivemos a mais no jogo contra o Bolívar, se concentrou em todos outros setores, elevando a renda e o ingresso médio. A questão que fica aqui é: e se não houver esse setor? O torcedor que pagou 10 reais pagaria 40 ou 50 para ficar na mesma ou em outras arquibancadas? Ele teria esse poder aquisitivo?

A conclusão que faço, é que ao mesmo tempo em que barateia para uns, a diretoria do São Paulo encarece para outros. Sugestão? Colocar o setor popular de 10 para 20. E baixar o de 40 reais para 30, o de 50 reais para 40. Na próxima quinta-feira, em jogo no Pacaembu, contra o Arsenal, o ingresso mais barato será a 40 reais. Sinceramente? Aposto em estádio vazio (menos de 15 mil pagantes). Basta ver o próximo exemplo para entender.

CASO PALMEIRAS
O Verdão iniciou a Libertadores em casa, contra um adversário modesto, o Sporting Cristal. Acreditei que na volta do clube ao torneio continental, teríamos um ótimo público no Pacaembu. Porém, o que se viu foi que apenas 17 mil pessoas foram ao jogo, com um ingresso médio de R$ 38,35 reais. Ou seja, muito caro. O ingresso mais barato era o tobogã, por 40 reais (inteira).

No jogo seguinte, pelo Paulista, o presidente Paulo Nobre resolveu baixar o preço dos ingressos. Ou seja, nós saímos da Libertadores, para o Paulistinha. Pergunte ao torcedor qual a importância de ambos campeonatos e qual ele prefere ganhar?

O tobogã que era 40, caiu para 20. As arquibancadas de 50, para 30. Ou seja, 20 reais a menos nos principais setores populares de um estádio. Resultado disso? O público foi maior, apesar da renda ser menor. O novo presidente se declarou muito feliz com público. Ingresso médio de R$ 24,90.

Quem olha os dois públicos sem ver as rendas, deve achar que o torcedor do Palestra ficou maluco. Mas após uma análise mais a fundo, já fica claro o motivo. O que vale para o torcedor, a não ser quando o time  vive um momento "Corinthians", ou seja, títulos e alegria todo dia, é o preço que vai gastar.

Aqui, percebe-se a diferença entre diretoria de São Paulo e Palmeiras. Uma quer ver o estádio mais cheio possível. A torcida é sempre importante, quanto mais, melhor. Já o outro, só quer dinheiro no bolso. Sinceramente, apesar de ser o mais barato dos quatro jogos analisados, acho que o ingresso médio a 25,00 reais é mais justo, ou melhor, mais realista, do que, 30 ou 40 reais.

CLÁSSICOS DO FIM DE SEMANA
No clássico de São Paulo, a diretoria do Santos levou o duelo contra o Corinthians para o Morumbi, pois o clube havia perdido um mando de jogo, por conta de moedas jogadas em Paulo Henrique Ganso no clássico contra o São Paulo, na Vila.

Assim, o que se viu no estádio Tricolor foi uma casa vazia. Apenas 17 mil pessoas para um jogo, que na teoria seria de alto nível, mas que na prática foi muito fraco. Ingresso médio: 30 reais.

Ou seja, um clássico em campo neutro, em uma primeira fase de Paulista, que cá entre nós não vale nada, teve estádio vazio com um ingresso médio que não foi dos mais caros. Como explicar isso? De um lado era Neymar, de outro Alexandre Pato. Talvez o Pacaembu ou até mesmo a Arena Barueri eram opções melhores.

Já nas semifinais do Rio de Janeiro, o torcedor carioca mostrou que o que vale mesmo é o peso da torcida. 15 mil pagantes para Vasco x Fluminense e 17 para Flamengo x Botafogo, acredito eu, é muito pouco. O ingresso médio não foi dos mais altos no sábado: 28,18 reais. Já no domingo... R$ 47,36. O mais caro de todos os 7 jogos analisados aqui.

Assim, quem diz que não vai ao Engenhão pela distância, só engana a si mesmo. Pois mesmo com o ingresso muito mais caro, a torcida do Flamengo (maior parte, 71%) e a do Botafogo (menor parte, 29%) conseguiram encher mais o estádio que Fluminense e Vasco.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Palmeiras perde a primeira em Assunção e São Paulo soa para vencer no Morumbi

Palmeiras e São Paulo não encontraram facilidades na noite desta quinta-feira, ambos em partidas válidas pela 2ª fase da rodada de grupos na Taça Libertadores 2013.

Jogando fora de casa, o Verdão caiu para o líder do Grupo 2, o Libertad, que não encontrou obstáculos para fazer 2 a 0 e agora soma 6 pontos (100% de aproveitamento). Já o São Paulo sofreu para vencer The Strongest, de virada, por 2 a 1, diante de 31 mil pagantes no estádio do Morumbi.

Apesar de dois resultados diferentes, ambas as equipes não apresentaram um bom futebol, deixando claro que ambos times brigarão pela segunda vaga de seu grupo. E, mantendo o que foi apresentado pelos dois clubes, dificilmente irão muito longe na disputa da competição.

Libertad x Palmeiras
O Palmeiras demorou muito para acordar no jogo. No primeiro tempo, o Libertad teve muita posse de bola, enquanto o time brasileiro pouco saía para jogar. Logo aos 10 minutos, Pablo Velázquez abriu o placar, tendo ainda dois gols bem anulados pela arbitragem.

O Verdão teve apenas um boa chance de empatar até o fim dos 45 minutos iniciais. Wesley recebeu ótima enfiada, bateu na saída do goleiro, que fez uma boa defesa. A bola ainda bateu no pé da trave, sendo afastada pela defesa.

No segundo tempo, o Libertad repetiu a dose. Outro gol rápido, logo aos 9 minutos, outra vez com Velázquez. Placar que ficou inalterado até o fim da partida, com o time da casa administrado bem o jogo.

São Paulo x The Strongest
O torcedor tricolor que foi ao Morumbi achando que o time encontraria um adversário frágil, assim como grande parte dos times bolivianos, enganou-se. 

A equipe do The Strongest, muito bem armada para jogar no contra ataque, fez um ótimo primeiro tempo, abrindo o placar em uma falha da marcação são-paulina. Denílson, mais uma vez, vacilou na marcação e o visitante abriu o placar com Barrera, aos 20 minutos.

O que era confiança se transformou em nervosismo. Tanto por parte dos jogadores, quanto por parte da torcida. O time boliviano fez o que deveria, colocou os 10 jogadores de linha na defesa, esperando algum erro do São Paulo.

Aos 42, após ótimo lançamento, Aloísio fez boa jogada e cruzou rasteiro para a área. Luis Fabiano dominou e chutou para a defesa parcial do goleiro. No rebote, Osvaldo não perdoou. Chutou forte, fazendo com que  bola e goleiro entrassem no fundo do gol.

Na etapa final, o relógio foi o maior inimigo tricolor. As duas primeiras oportunidades de virar o placar caíram nos pés de Jadson, até agora o melhor jogador são-paulino em 2013. Na primeira a bola bateu no travessão e na segunda o goleiro boliviano fez boa defesa.

Apenas aos 35 minutos o torcedor ficou aliviado. Cañete deixou Ganso na cara do gol, livre para dar assistência ao artilheiro Tricolor, Luis Fabiano, que não teve dificuldade para marcar o gol da vitória.

3ª Rodada de Grupos
Já na próxima semana, tanto São Paulo quanto Palmeiras terão pela frente equipes argentinas. O Verdão vai a Victoria (Grande Buenos Aires) enfrentar o Tigre, na próxima quarta-feira, às 19h45. Já o Tricolor Paulista recebe o Arsenal, de Sarandí, na próxima quinta-feira, às 19h15, no Estádio Pacaembu.