Por Sérgio Xavier, editor do jornal/revista Placar
Há muito o que dizer sobre um fim de semana rico de futebol. Difícil saber por onde começar. Poderia ser pelo Inter, líder absoluto com 9 pontos. Cá para nós, não são 9 pontos comuns. Eles valem mais. Três vieram de jogo no Pacaembu contra favorito ao título (Corinthians).
Três vieram de partida que o Inter optou por time reserva contra outro favorito ao título (Palmeiras). Três nasceram na imensidão do Serra Dourada, lugar que raramente germina ponto, ainda mais com equipe mista contra o Goiás. Os 9 pontos do Inter valem 18.
Poderia e deveria falar do Santos. 4 x 1 no Fluminense no Maracanã é resultado para fazer pensar. O que o Santos pode aspirar no campeonato? Mais do que Sul-Americana? Ainda acho que não. Posso estar enganado.
O Cruzeiro repete o ano passado. Um trator no Mineirão. Fora de casa, nem tanto. Precisa crescer longe de BH se quiser algo. Roth, para variar, largando espetacularmente. Vencer o Sport na Ilha é para poucos. O Galo vai bem. O Sport precisa fazer algo para curar a ressaca pós-Libertadores.
Confesso que não vi a estreia de Paulo Autuori. Mas uma informação me surpreendeu. Ele tirou Souza aos 25 minutos do segundo tempo. É preciso coragem para fazer isso. Souza é o melhor gremista do ano ao lado de Victor e Réver.
Só que com suas improvisações e velocidade ao jogo, Souza muda o ritmo do time. Só que ele se comporta como o ursinho da Duracell sem as pilhas do reclame. Vai murchando durante o jogo. O time afunda com ele. Roth e o auxiliar Rospide não tiveram peito de sacá-lo quando a equipe caía. Pelo jeito, Autuori começou bem. A conferir.
Dois outros destaques merecem ser feitos. O Atlético-PR não é mais aquele. Desde o ano passado. A força da Baixada é limitada. O Furacão virou brisa por lá. Depois de um 2 x 0, virada para 2 x 3 em casa para o Náutico. Perigo.
O Náutico, francamente, está aproveitando bem a oportunidade de aproveitar as oportunidades em início de campeonato. Um Cruzeiro reserva na rodada passada nos Aflitos e agora o Atlético-PR. Mas não acho que vá a lugar algum, apesar da boa classificação atual. Aliás, pode até ir para baixo...
O Corinthians venceu com time totalmente reserva. Sim, é a impressão que dá quando a equipe entra sem Ronaldo. Curioso, mas a torcida age assim também. Pacaembu com pouca gente em um sábado agradável em São Paulo. Palmeiras e Corinthians morreram abraçados na rodada. Deixaram Inter e Cruzeiro dispararem. O Palmeiras não dá impressão de firmeza.
O São Paulo é mais grave. O tempo passa e o time não acontece. Vale lembrar um detalhe: desde 2002 o São Paulo está entre os principais times do Brasil. Sempre brigando por título no Brasileiro e Libertadores. De verdade. Sete anos mais tarde, a situação pode mudar. Será?
segunda-feira, 25 de maio de 2009
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